17 março 2012

Palavras, palavras..

Palavras, palavras.. o quanto ainda podem valer as palavras?

Na verdade, o quanto faz sentido insistir em falar com perguntas?
Por que perguntamos insistindo em fingir que não sabemos a resposta?
Ou, ainda, por que insistimos em perguntar sem saber o que realmente precisamos perguntar? Ou, pior ainda!, por que evitamos perguntar justamente aquilo que necessitamos saber?

Palavras, palavras.. sempre elas, elas sempre.


E a falta de palavras, que se traduz em silêncio, poderia mesmo dizer algo também? Como pode ensurdecer de maneira insuportável a ausência de qualquer som? A falta de ritmo é, ainda, muito mais agradável do que a ausência de qualquer batuque. Como pode ser tão louco tudo isso?

Palavras, palavras.. no fundo, lá dentro, sempre elas, elas sempre.

Palavras em si de nada valem.. mas, o que elas carregam juntas vale muito mais do que todas elas juntas poderiam expressar. E, só por conta disso, palavras ainda valem muito mais do que se pode imaginar.


Palavras, palavras.. no fundo, lá dentro, secando sem parar.

Palavras morrem, palavras secam, palavras ficam presas em nós. Palavras precisam de vida, de ar, de quem as empurre para fora sem medo de que elas possam criar asas e voar. Palavras, afinal, existem para existir e não para se guardar antes de virem a existir.


Mas como é difícil, meu Deus!, dizer o que preciso dizer!

Enrolo, não nego,
soluço palavras sem parar.
O que preciso dizer, não digo
e o que já foi dito agora não pesa mais.

O desatino ainda contido não se converte tão fácil em prosa,
mas quem dera, mesmo, ouvir as palavras contidas que morrem em outros jardins.

Quem dera um milhão e meio de coisas também.

Palavras, palavras.. sempre elas, elas sempre. Again.


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Não importa o quanto eu ande, o quanto eu tente, o quanto eu queira encontrar..
Simplesmente não há palavra que expresse a falta daquilo tudo que se tornou imprescindível um dia.

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